Cá na terra

A vida como ela é(?) cá na terra do sr Vegeta Da Silva ... ou como fazer um bolo igual ao da filha da Srª Dª Adelaide dos ovos.

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Localização: Freixo de Santa Comba de Espada à Cava, Portugal

quarta-feira, maio 30, 2007

"O segredo do milagre das rifas" ou "Sonho de uma quase noite de Verão"

Cá na terra um dos pontos altos das festas da santa padroeira é a tiragem dos numeros vencedores das rifas da paróquia. É um momento emocionante, carregado de simbolismo, pois até hoje a Santa sempre deu a vitória à paróquia e fala-se à boca pequena que o milagre já está a ser ponderado pelo Vaticano e tudo.E isto para nem mencionar a suprema bondade e sacrificio da Santa, que todos os anos oferece o 1º prémio de volta ao senhor padre cura para ser de novo rifado no ano seguinte. Porém devo mencionar que o entusiasmo pelo prémio já não é o mesmo de à 40 anos, pois apesar de o Fia-te Quinhentos ainda ser um bólide de meter inveja a qualquer senhor ministro, o preço da gasolina não desperta muita cobiça de o possuir. Mas básicamente o que interessa agora é a hipótese de o milagre se manter inalterado ou não, o que já levou a que o sr professor Eustáquio inventásse um aparelho de medir probabilidades. Espantoso como já é habitual, este invento consiste à base de uma esquadria de batalha naval, um contador gaiguer, três bolas de naftalina, dois clips e um elástico. E funciona! Ficou provado quando a aposta do sr professor, que disse que a Santa voltava a ganhar pela paróquia, foi a vencedora. Mais um espantoso feito de um dos cidadãos mais eminantementes cá da terra.A pergunta que se faz todos os anos ao sr padre cura é sempre a mesma: "Qual é o segredo por detrás das vitórias?"; ao que ele responde sempre: "Os milagres não têm explicação... perguntem ao sr Pinto da costa do fêcêpê."Cá na terra já se fala em arranjar uns pastorinhos e proporcionar a hipótese de acontecer os "três milagres de Santa Comba De Espada À Cava". O sr Eusébio do bar já sugeriu até que para não se fazer igual aos outros, ao invés de pastorinhos fossem usados antes pastéis de massa tenra, que são uma especialidade e também por si um segredo muito bem guardado.Quanto ao sonho, esse é tão estranho que só pode ter sido despoletado pelo mistério das rifas, alguma mini endulterarda e má programação da televisão.Então não é que sonhei que o sr lisandro da funerária estava embeiçado pela menina Hérmia dos bordados, e que esta estava embeiçada de volta apesar de ser objecto do embeiçamento do sr Demétrio da rouparia da colectividade, que é embeiçador da Srª Dª Helena das rendinhas, e que se casam todos juntos com o sr Duque das antenas que estava para casar nesse dia com a Srª Dª Rainha do amazónias e durante o copo de água no meio de um pinhal à noite, o rei e a rainha dos doentes, ou lá o que são aqueles senhores com orelhas bicudas parecidos com o sr Sepoque das estrelas mas mais engraçados, queriam adoptar um menino indiano, provavelmente para lhes ensinar a fazer caril. Ao fim às contas a rainha a apaixona-se por um rapaz com cabeça de burro, que penso ser o menino Cristiano do ronaldo e acabam todos de bilhetes na mão a perguntar quem é que afinal ganhou o primeiro prémio das rifas cá da terra. Safa que isto dos sonhos esotericos é matéria mesmo só para quem tem poderes superiores.

sexta-feira, maio 25, 2007

"Esta é a vida que a guarda tem"

Cá na terra somos todos esforçados, mas o sr sargento e o sr cabo da guarda devem estar no topo da tabela de esforço. É que isto de manter a lei e a ordem não é fácil e nem para qualquer um.
Ora vejam lá que ainda no outro dia entrei no posto para cumprimentar o sr sargento e deixar uma lembrança, e me deparei com uma cena digna de um qualquer noticioso de última hora.
Em resposta a um apelo do governo para que a criminalidade baixasse e para que as forças da lei e da grei fossem mais interventivas, o sr sargento em conjunto com o sr cabo tinham apreendido um meliante em pleno acto de meliar, que é como quem diz, com a boca na botija, embora deva saber muito mal que aquilo são feitas de ferro enferrujado. A não ser que sejam aquelas que vêm com as moças com as calças curtas, que aí já se pode meter a boca à botija porque ainda não enferrujou. Enfim, pormenores de meliação que não são para aqui chamados.
O que interessa é que o individuo estava a passar cá na terra com uma gravação de "éme-para-três", ou lá como se diz, de musica pirata. O sr cabo, soldado diligente, e aplicado também, deitou-lhe a proverbial luva da justiça, embora que ande sempre de mãos nuas, e levou-o para o chilindró, que é prisão em chinês. Esta é uma prisão Ai-téque, cheia de amenidades para os reclusos como por exemplo o entertenimento, que é do mais entertinamentador que há. Consiste à base de uma janela virada para a rotunda das brasileiras, que é mundialmente famosa e também conhecida em Badajoz, pelo movimento que gera. Têm também uma sala de jogos, em que os guardas se juntam aos prisioneiros em jogos didáticos como o "Apanha a bala", "Desvia da bota", ou o mui popular "Caí das escadas". E finalmente o ponto alto da inovação protagonizada pela guarda cá da terra, o "interrogatório proactivo", baseado em técnicas cientificas muito antigas e que se baseiam em pedir com calma, serenidade e educação a que o recluso tome consciência do mal que praticou e confesse.
Eu próprio testemunhei um desses interrogatórios, ao meliante pirata por sinal, pois tinha lá ido ao posto para deixar umas minis, que fazia calor naquele dia.
Ao fundo do escritório, mesmo junto à janela que dá para a igreja matriz, estavam o sr sargento, o sr cabo e o dito malfeitor, estando o sr cabo a suplicar que este confessasse o seu crime. Foi espantoso como ao lhe oferecerem uma mini e com a emoção o rapaz confessou. Foi pena foi a garrafa ter escorregado da mão do sargento e lhe ter dado mesmo em cheio na cabeça, mas o que vale é a intenção não é verdade?!
Diz-se à boca pequena cá na terra que uns senhores da América estiveram a aprender estas técnicas inovadoras com os nossos guardas. Se bem me lembro eram de uma terra lá na América chamada Guantamo ou assim. Espero que por lá também estejam a confessr os crimes de livre vontade, que Deus e Nossa Senhora Dos Milagres À Quinta-Feira acolhem os arrependidos de braços abertos.
Mas nem tudo são rosas na vida da guarda. Não senhores. A nossa guarda pode ter de estar até quarenta e cinco minutos sem minis! E ao sol, vejam lá. Sim senhores, leram bem, quarenta e cinco, que acho eu que na lei diz que é o limite máximo de intervalo entre minis que um homem adulto pode aguentar sem danos irreversíveis à sua saúde, como por exemplo tremores, suores frios, visão afunilada, pé de atleta e comichão nas orelhas.
Pois é meus caros, a vida da guarda é dura, mas lá tem os seus pequenos momentos de gratificação. E além disso podem usar botas de cano alto no verão que ninguém diz nada. Ora toma!

sexta-feira, maio 04, 2007

Balada da mini

Sobe leve, levemente,
com uma espuma sem fim.
Será moda? Estará quente?
Moda será certamente
e quente não sabe assim.
.
.
É talvez mania:
Mas isto do tremoço, miudinho,
com uma fresquinha sabia
sempre em boa companhia
melhor que qualquer vinho...
.
.
Quem a toma assim, de repente,
com tamanha avareza,
que mal a vê, mal a sente?
Não é moda, nem está quente,
nem é da redondeza.
.
.
Fui beber. No copo a vertia
naquele bar do ateneu,
loira e leve, loira e fria…
Vou levar uma à minha tia!
Mesmo sem copo, aqui vou eu!