Cá na terra

A vida como ela é(?) cá na terra do sr Vegeta Da Silva ... ou como fazer um bolo igual ao da filha da Srª Dª Adelaide dos ovos.

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Localização: Freixo de Santa Comba de Espada à Cava, Portugal

domingo, setembro 16, 2007

"Divisões da bola" ou "Duas voltas e um café"

Cá na terra todos sabem que quando se fala de bola o consenso é geral. Quer dizer, é geral quando está o sr sargento da guarda, que sendo pessoa de índole chefiante, galvaniza à sua volta tudo e todos. E note-se que nem precisa de puxar da arma de serviço nem nada, bastando dois ou três bem colocados pontapés demonstrativos de como o menino Mantorras chuta para que todos se rendam à evidência da superioridade do glorioso. Só é pena o sr sargento não ser o menino Mantorras e acertar sempre em alguém que está em desacordo, por falta de prática futeboleira, evidentemente. O que vale é que entre gente amiga não há árbitros e logo apitos dourados também não. Mas não se trata o tema desta coversa o sr sargento, que apesar de ter uma vida que dava uma novela, ou duas ou três se contarmos com os tempos de recruta e soldado, apenas aqui aparece como artista secundário, daqueles tipo figurante mas que falam, como o sr major Valentão, mas sem direito a boneco.
O tema central deste relato é o grande cisma da colectividade!
E que cisma, pois trata-se nada mais nada menos que de tomar a importantíssima decisão de tornar ou não a colectividade cá da terra numa SAD, que como todos sabem ou deveriam saber, mais não é que tentar adiar a bancarrota do futebol por mais algum tempo ao mesmo tempo que se tenta dar um empurrão aos rendimentos do sr presidente da colectividade.
A grande celeuma advém do facto de alguns dissidentes, que segundo o sr sargento "São uns comunas da merda" e "Se os apanho não fica um para ir aos melros", que não querem que a SAD vá para a frente, ou para trás pois não querem mesmo é que ela se faça.
E à frente deste movimento, apelidado pelo sr presidente da junta como "pró-fascista leninista" está o sr Francisco das loiças, segundo o próprio um "autentico e genuíno porta estandarte das massas". O problema é que nós cá na terra somos mais dados à batata e ao arroz de pato ou de tomate ou carqueja, logo ninguém está muito à vontade com massas, sejam com ou sem estandarte.
Cá por mim umas batatas com couve e azeite chegam, e nem quero ter nada a ver com coisas que mais parecem lombrigas num prato.
Mas adiante.
O sr Francisco é um intelectual, pessoa sincera, com um sorriso sincero, uma postura sincera, um fato de Domingo sincero e o aperto de mão mais firme e sincero da região e arredores e Badajoz. De certeza! É que é tal a sinceridade do aperto de mão do homem, que o sr Bernardino dos coelhos até teve em certa ocasião de ir ao centro de saúde por uma tala na consequência da firmeza sincera e tudo!
O sr Francisco defende, com toda a sinceridade, que a colectividade deveria pedir estatuto de qualquer coisa que não me recorda o nome mas soa bem, e ao que parece faz com que o governo nos dê dinheiro. Deve ser assim como o sr Alberto joão da Madeira faz aos clubes dele, mas que eu também não sei o nome. E o sr Vale do azevedo também fez, mas ao contrário. De qualquer modo diz o sr Francisco que seria melhor para todos, menos para os "vampiros sedentos de sangue argentio e sequiosos por adição aurea", que ninguém sabe ao certo o que quer dizer, mas julgamos tratar-se de algo a ver com minis e arcas frigorificas.
Ora como minis e arcas de frio fazem parte fundamental da cultura e vivência diária do povo cá da terra, mais não se poderia fazer que votar a favor da moção do sr presidente da colectividade e levar o nosso emblema "a novos píncaros", que deve ser algo parecido aos míscaros mas a ver com bola.
Aguardemos pois com serenidade e tranquilidade o desfecho deste grande passo em frente, que quiçá, ou quem sabe para os menos intelectuais, nos poderá até levar à primeira divisão distrital ou até mesmo aos Nacionais!
Cá por mim é como sempre digo, voltas e mais voltas que se dêm cá à terra, vem-se sempre dar ao café do sr Eusébio. E o resto, meus amigos, são minis e conversa. E mais minis, por Homessa.