Cá na terra

A vida como ela é(?) cá na terra do sr Vegeta Da Silva ... ou como fazer um bolo igual ao da filha da Srª Dª Adelaide dos ovos.

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Localização: Freixo de Santa Comba de Espada à Cava, Portugal

quinta-feira, março 15, 2007

"A visita do sr inspector" ou "Queijadas, queijadas"

Esta semana recebemos cá na terra a vista do ilustre e importante sr inspector dos serviços sanitários, que curiosamente inspecciona a comida dos outros. Cá na terra sempre fomos de opinião que não se mistura comida com sanitários, mas os senhores doutores da cidade é que sabem.
No café do sr Eusébio correu tudo muito bem, à excepção do sr inspector ter recusado as minis que lhe queríamos oferecer, dizendo que era uma tentativa de suborno, que ao que me parece assim de repente deve ser uma espécie de forno ou coisa parecida. Quem disse ao homem que as minis vão ao forno não foi lá muito simpático, mas há gente assim no mundo e até em Badajoz.
O que interessa é que as mesas da bisca e do dominó estavam em conformidade com as regras, embora ninguém saiba o porquê de ele ter dito que a televisão de ver a bola estava a infringir os direitos de Autor. Ora se nós nunca ouvimos falar desse jogador, "o Autor", que deve ser estrangeiro ou assim, como é que podemos estar a infringir seja lá o que fôr? Isto seria uma pergunta para o sr Dr José do mourinho responder, lá das terras do Celse, ele que sabe tudo o que há para saber sobre bola e afins. Adiante.
O pior da visita foi quando o sr inspector decidiu ir à queijaria da Srª Dª Brites.
É que a Srª Dª Brites tem um boi Xarolês de guarda, animal grande e possante e que foi treinado pelo sr sargento da guarda, o que o torna provavelmente o melhor boi de guarda do mundo e arredores.
Mas o sr inspector não sabia, e como para estes moços da cidade os bois são uma coisa que nasce aos bifes no talho, não teve os devidos cuidados de aproximação, ou neste caso -não aproximação- e quando demos por ele já vinha a correr à frente do animal.
Não pensem vomessês que estavamos preocupados com os chifres do bicho, não. Estavamos era preocupados com as técnicas de imobilização subtil que o sr sargento incutiu ao magano, decerto semelhantes às que ele próprio aprendeu aquando se treinou para a guarda, e que devem vir de terras misteriosas do oriente, artes marciais assim tipo os filmes de ninjas... Vomessês sabem o que é. É que estas técnicas são levadas da breca, como por exemplo a "patada lateral com esmagamento das costelas", "o coice contra o pinheiro manso" ou ainda "o casco frontal no meio da testa".
Graças a Deus e a Nossa Senhora Dos Milagres À Quinta-Feira que o sr inspector conseguiu chegar a tempo à cerca do curral, evitando assim algum hematoma no pobre do Bolinhas, que é o nome do bichinho. Coitadito empenha-se tanto que se esquece que também é frágil e se pode magoar.
Do sr inspector nunca mais ouvimos dizer, vá-se lá saber porquê. Nós só o tratámos bem cá na terra. Há gente da cidade que é mesmo ingrata e pouco calorosa. Deve ser por causa dos semáforos da cidade. Se fosse cá na terra até ficávamos tontos com tantas luzes às cores o tempo todo. Felizmente o sr presidente da junta não quer cá nada disso, e temos antes o sr cabo da guarda a orientar a hora de ponta no cruzamento em frente ao café do sr Eusébio.
Quanto a mim queiram desculpar, mas as minhas novas funções de presidente do mês obrigam-me a dar por finda esta interventiva, e além disso tenho de ir provar a mais recente inovação culinária da Srª Dª Irene dos docinhos, a espera-se incomparável, "queijada de minis"!