Cá na terra

A vida como ela é(?) cá na terra do sr Vegeta Da Silva ... ou como fazer um bolo igual ao da filha da Srª Dª Adelaide dos ovos.

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Localização: Freixo de Santa Comba de Espada à Cava, Portugal

domingo, novembro 26, 2006

Um conto de Natal cá da terra

O sr Olívio dos seguros é muito boa pessoa, derivado claro está de ser o dono da agência de seguros cá da terra.
Diz-se à boca pequena que a riqueza dele se acumulou à custa de bons negócios, assim como os do sr Veiga do glorioso. É óbvio que o seu negócio mais famoso de sempre tem a ver com o ter feito os seguros para a ponte virtual do sr presidente da junta, essa grande obra cá da terra, que veio mostrar aos senhores da cidade que por cá se fazem as coisas em grande.
Ora este ano o sr Olívio apareceu com a idéia de se organizar um bailarico de Natal, uma espécie de dançadeira ali no largo da igreja matriz, desde que com a benção do sr padre cura!
Foi um evento de arromba, mesmo apesar de ter sido um mês antes do natal, mas sabem como é, nessas alturas andamos todos ocupados às compras, porque cá na terra a tradição respeita-se e só nos últimos dois dias é que se fazem as compritas de Natal.
Mas como disse, o bailarico foi uma festança, com a música do sr Tavares da leitaria, que é muito bom a tocar gaita de beiços. Faz-me sempre lembrar o "Trio Odemira", à excepção que ele é só um e nunca foi a essa terra, que acho que fica no Sul de Espanha ou que é. Isto porque em Portugal seria "Ódeolha" não é?!
Mas adiante, pois não estamos aqui a falar de geografia mas sim do nosso bailarico de Natal.
O ponto alto da noite foi quando a Srª Dª Rebeca das malhas, a esposa do sr Ernesto das vacas, resolveu fazer uma declamação de improviso de um dos nossos maiores poetas, o sr Herberto do helder. Não é que não se aprecie poesia cá na terra, mas preferimos assim coisas simples, tipo "bate leve, levemente, e se eu ouvir mal não vou abrir certamente", e não coisas complicadas que não se entendem.
Então a pergunta que se impõe é "se não gostam, como foi o momento alto da noite?", ao que passo a elucidar.
O momento alto deveu-se ao facto do sr Olívio ter ido à vila vizinha e ter trazido umas moças Brazileiras que, acho eu, fazem bordados para fora numa fábrica que se chama "O Hipopótamo Branco", e que dançaram o samba ao som das palavras da Srª Dª Rebeca e da gaita do sr Tavares. E diga-se que até foi muito giro até ao momento em que as roupas das moças começaram a cair e foi a escandaleira. Coitadas, tive imensa pena delas, pobres raparigas que ao que parece nem ganham para comprar roupa que lhes fique bem assente no corpo sem cair.
O sr padre cura é que não gostou nada e já disse ao sr Olívio que ele vai ter que pagar um indulto, saiba-se lá porquê.
E o que tem tudo isto a ver com um Conto de Natal, assim tipo sr Carlos do Dickens? Bem, o sr Zeferino dos móveis diz que viu três fantasmas nessa madrugada que o levaram a ver o futuro e assim, mas como ele tratou da saúde a três grades de minis, acho que se tivessem sido três elefantes côr-de-rosa a levá-lo ao jardim zoológico de Marte também não espantava ninguém, por Homessa!