Cá na terra

A vida como ela é(?) cá na terra do sr Vegeta Da Silva ... ou como fazer um bolo igual ao da filha da Srª Dª Adelaide dos ovos.

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Localização: Freixo de Santa Comba de Espada à Cava, Portugal

domingo, novembro 05, 2006

As consequências do treino da guarda
ou então
no escuro usar sempre lanterna


O sr Venceslau do papagaio está de luto. E tudo por culpa da EDP! Passo a explicar…
Na véspera do dia do padroeiro dos doceiros de caramelos, estava o sr Venceslau a caminho lá da terra, depois de uma curta viagem, quando recebeu um telefonema do sr cabo da guarda a comunicar que o seu papagaio havia falecido.
“Sr Venceslau, tenho uma má notícia para si, o seu papagaio morreu”.
A notícia apanhou o sr Venceslau de surpresa e deixou o pobre homem quase sem fala.
“mas morreu como?”
Aqui é que começa o verdadeiro busílis da questão. É que o passaroco morreu de comer caramelos estragados, os mesmos caramelos que iriam servir para a festa do Santo Padroeiro.
Ora estranho é o facto de estarem estragados, pois eles haviam sido feitos na véspera em Espanha e trazidos de propósito pelo Carlinhos do TIR, logo mais frescos era impossível. Mas a explicação não demorou a ser dada ao pobre sr Venceslau “foi de terem apanhado calor”, segundo o sr cabo da guarda.
“Mas como assim calor?”, foi o que ele perguntou e perguntariamos nós também. Afinal todos sabem dos cuidados com que ele acondiciona os caramelos. Pois bem, o calor proveio nem mais nem menos que do incêndio que se deu na casa dele. Este incêndio havera sido provocado pelas velas que estavam acesas na casa do sr Venceslau na noite do evento, e ao tombarem do topo do parapeito da chaminé, pegaram fogo nos naperões de coroché premiados da Srª Dª Mãezinha do sr Venceslau, alastrando depois as chamas ao resto da habitação, zona de caramelos incluida. A questão que o sr Venceslau então coloca é muito pertinente, pois qual o porquê das velas numa casa que tem luz eléctrica?! A resposta é bastante simples, pois tinha faltado a luz nessa noite.
“Mas eu não estava em casa, como é que haviam velas acesas?!”
Mas aqui o sr cabo da guarda retorquiu com o tom de brio profissional de quem se orgulha de um trabalho bem feito “Meu caro cidadão, ao estar escuro e o nosso sargento ao fazer a ronda ter visto um vulto na sua habitação, interviu através do extenso treino de que é portador e abateu o dito vulto, que ao cair levou consigo as velas que provocaram o incêndio. Mas não se aflija pois estamos em crer que a acção foi profiláctica e impediu o meliante de meliar a sua vivenda.”
E agora perguntam-me, quem era o “meliante”?
Pois era nem mais nem menos que a Srª Dª mãezinha do sr Venceslau que lá tinha ido para alimentar o papagaio e que quando se apanhou às escuros acendeu umas velinhas para acabar a tarefa.
A nossa guarda é mesmo de uma “inficiencia” estrondosa!